sexta-feira, 11 de junho de 2010

Santo António

Há cerca de dois anos, pedindo a uma amiga (obrigada!) que me aconselhasse um Santo para devoção mais profunda...fiquei muito surpreendida quando me falou de Santo António...
Na altura pensei que não fazia sentido nenhum pois considerava este Santo "apenas" relacionado com os namorados, noivos e casamentos! Que falsa ideia a minha!
Pesquisei e descobri que este Santo, patrono de Portugal, é mesmo muito especial e que, apenas por curiosidade, é especialmente invocado para se encontrarem objectos perdidos!

Nasceu em Lisboa em 1191, filho de Martinho de Bulhões e Teresa Taveira. O seu nome de baptismo foi Fernando, sendo sido baptizado na Sé de Lisboa. Desde pequeno ajudava os pobres e necessitados. Visitava as Igrejas e mosteiros da cidade, tendo uma grande devoção a Nossa Senhora.

Aos quinze anos de idade entrou em S. Vicente de Fora, Lisboa, no Mosteiro de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, onde fez o noviciado e de onde transitou para Coimbra. Em Santa Cruz foi ordenado, tendo aí aprofundado os seus estudos teológico-filosóficos e adquire a preparação necessária à escrita dos seus sermões. Após a passagem, por Coimbra, das relíquias dos cinco mártires franciscanos mortos em Marrocos, muda-se para o Convento dos Oliviais, em Lisboa, ingressa na Ordem Franciscana e muda o nome para António.

Em Assis, conheceu o fundador da Ordem dos Franciscanos, S. Francisco. Pregou em Itália e em França, onde os seus sermões causaram grande admiração e um enorme entusiasmo.
Fez imensos milagres, dos quais destaca-se aquele em que prega aos peixinhos: estando a pregar aos hereges, em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e insta os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges terão ficado tão impressionados que logo que se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objecto de um sermão do Padre António Vieira que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.

Faleceu a 13 de Junho de 1231, em Pádua, onde os seus restos mortais repousam em túmulo de mármore verde na Igreja de Santo António.

Após um brevíssimo processo de canonização, o Papa Gregório IX, em 13 de Maio de 1232, proclamou-o Santo. A 16 de Janeiro de 1946, Pio XII proclamou-o Doutor Evangélico.

Com mais conhecimento, festejemos estas festas que se aproximam com mais amor!
Santo António, rogai por nós!

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